O setor do papel, pasta e cartão, embora não seja tão intensivo em emissões de gases de efeito estufa como outros setores industriais, caracteriza-se por uma alta demanda de energia sob a forma de calor, tendo representado em 2022 cerca de 2% das emissões correspondentes à indústria a nível global, e, por conseguinte, é claramente suscetível de descarbonização.

A eficiência energética e as energias de baixo carbono desempenham um papel essencial nesse caminho. A investigação, o desenvolvimento e a inovação são alavancas imprescindíveis para acelerar o avanço das tecnologias necessárias à descarbonização do setor de papel.

A Cátedra de Transição Energética da Fundação Repsol na Universidade Pontifícia de Comillas ICAI organiza este webinar no qual serão exploradas algumas soluções tecnológicas para este grande desafio que a indústria do papel enfrenta.

A energia eólica explorada no mar, ao largo, é um vetor estratégico na transição energética na Europa. O vento em mar alto é um recurso natural, renovável e inesgotável, mais forte e mais constante do que em terra, permitindo um grande aproveitamento energético. 

De acordo com a Agência Internacional da Energias Renováveis (IRENA) em 2030, a potência instalada de eólica marítima no mundo pode alcançar os 350 GW, dos quais a União Europeia ambiciona 110 GW. Portugal, pelas suas características, conta com condições muito favoráveis para o desenvolvimento de projetos de parques eólicos flutuante, assim como uma capacidade industrial e de inovação muito significativas, que o posicionam como um dos países líderes em fabricação, exportação e desenvolvimento tecnológico. 

Portugal e Espanha são um exemplo de compromisso com a transição energética. Acresce a isto que, hoje, existe um forte intercâmbio económico mútuo entre os dois países e com elevado potencial de crescimento. Por outro lado, as administrações locais ibéricas aproveitam os fundos da União Europeia para promover a transformação energética, sendo o Porto um exemplo de evolução permanente.

Neste II Fórum Luso-Espanhol, a Fundação Repsol e a Fundação Corell vão abordar as oportunidades de transformação económica e de reindustrialização, face ao desenvolvimento tecnológico impulsionado pela aposta ibérica na transição energética.